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Os preços da batata e da cebola registraram forte redução em julho nas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país. A informação consta no 8º Boletim do Programa de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta quinta-feira (21) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Hortaliças: batata e cebola em queda
De acordo com o levantamento, a batata apresentou redução pelo segundo mês consecutivo nos mercados atacadistas. A queda média ponderada foi de 31,61% nos 11 centros analisados pela Conab. O recuo é explicado pela maior oferta do produto no mercado.
A cebola seguiu a mesma tendência: em julho, o preço médio ponderado ficou 25,57% menor em relação a junho. Na comparação com o mesmo período de 2024, a diferença é ainda mais significativa: quase 60% de queda nos preços.
Tomate, cenoura e alface
A variação de preços de outros produtos hortícolas foi desigual entre as Ceasas:
Tomate: queda de 16,68% no Paraná e alta de 4,68% em Santa Catarina, resultando em uma média nacional de -5,68%;
Cenouraz apresentou comportamento instável, sem uma tendência nacional definida;
Alface: aumento médio de 9,93%, com maior alta registrada no Paraná. Segundo a Conab, como a produção da folhosa ocorre próxima aos centros consumidores, cada mercado reage de forma diferente conforme a oferta e a demanda.
Frutas: laranja em baixa, mamão em alta
Entre as frutas, a Conab identificou comportamentos distintos:
- Laranja: queda de 9,8% na média ponderada. A redução se deve à menor demanda durante as férias escolares, à concorrência com a mexerica poncã e ao clima frio;
- Maçã: recuo discreto de 1,92%, também influenciado pelas temperaturas mais baixas e pelo período de recesso estudantil;
- Melancia: alta de 3,92% nos preços, mesmo com o aumento da produção em Goiás e Tocantins. A menor procura, típica do inverno, não foi suficiente para segurar as cotações;
- Banana: valorização de 10,48%, impactada pela queda na oferta da variedade nanica durante o inverno;
Mamão: maior alta entre as frutas, com aumento médio de 21,65%. O frio reduziu a oferta, o que pressionou os preços para cima, apesar da queda no consumo.