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A distribuição do gado bovino no Acre mostra o peso estratégico da região do Baixo Acre na economia rural. De acordo com levantamento da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre (Faeac), mais da metade de todo o rebanho acreano está concentrada nessa área, que reúne municípios como Rio Branco, Senador Guiomard, Acrelândia e Plácido de Castro. Juntas, essas cidades respondem por 51,4% das 4,61 milhões de cabeças que formam o rebanho estadual.
A forte concentração ao redor da capital ajuda a explicar a liderança de Rio Branco no comércio de gado e no fornecimento para os frigoríficos locais. Além da proximidade com os principais abatedouros, a região também concentra infraestrutura logística mais consolidada, o que facilita o escoamento da produção para outros estados e até para o mercado internacional.
Em segundo lugar aparece o Alto Acre, com 19,5% do rebanho, seguido pelas regiões do Purus (14,3%) e de Tarauacá-Envira (11,5%). Já o Vale do Juruá, marcado pela distância geográfica em relação à capital e por desafios logísticos históricos, detém apenas 3,3% do gado do estado. A diferença mostra como a localização continua a ser um fator determinante para o desempenho da atividade pecuária.
O levantamento aponta ainda que distribuição regional do gado reflete ainda a dinâmica social e econômica de cada território. Enquanto no Baixo Acre predominam médios e grandes pecuaristas, regiões como o Purus e o Tarauacá-Envira são marcadas pela presença de pequenos produtores que conciliam a criação de gado com outras atividades agrícolas. Essa diversidade ajuda a compor o mosaico da bovinocultura acreana, que permanece como a espinha dorsal do setor rural.