Foto: José Caminha/Secom
A elevação do Rio Acre e o transbordamento de igarapés têm provocado impactos significativos em Rio Branco, atingindo diretamente dezenas de famílias e comprometendo a rotina de moradores em diferentes regiões da capital. Diante do avanço das águas, o município intensificou as ações de monitoramento, prevenção e acolhimento às pessoas afetadas.
O rio ultrapassou a cota de transbordo por volta das 9h de sábado (27) e manteve tendência de elevação ao longo do fim de semana. Na medição realizada às 7h deste domingo (28), o nível chegou a 14,94 metros, aproximando-se da marca de 15 metros. A situação foi agravada por uma forte enxurrada registrada no dia anterior, que atingiu principalmente áreas próximas a igarapés e bairros historicamente vulneráveis.
Segundo levantamento da Defesa Civil Municipal de Rio Branco, aproximadamente 20 bairros apresentam impactos diretos da cheia. Mais de duas mil famílias tiveram suas atividades diárias prejudicadas, com registros de alagamentos, interdições e necessidade de retirada emergencial em alguns pontos da cidade.
Até o momento, 39 famílias foram encaminhadas para casas de parentes, totalizando cerca de 122 pessoas. Outras 35 famílias, somando 115 pessoas, estão acolhidas em abrigos públicos organizados pelo município, onde recebem alimentação, acompanhamento social e apoio emergencial.
Quatro escolas municipais foram adaptadas para funcionar como abrigos temporários: duas localizadas na região da Conquista, uma no bairro Tropical e outra no Mocinha Magalhães. Três dessas unidades já operam com capacidade máxima, reflexo do avanço da cheia e do aumento na demanda por acolhimento. Apenas um abrigo ainda dispõe de vagas, em razão do recuo momentâneo das águas em alguns igarapés.
