A autônoma Samara Azevedo Vasconcelos, de 53 anos, aguarda por uma cirurgia para retirar pedras nos rins na Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre), em Rio Branco, desde 2017. Há seis anos, ela deu entrada no pedido de cirurgia, mas o diagnóstico foi recebido quando ela estava grávida do filho caçula.
“Já fomos na Secretaria de Saúde, mas só dizem que é para ter paciência, que vão chamar, porém, já tivemos paciência até agora e nada. Guardei me chamarem nesses mutirões que fazem, mas nunca me chamaram. Um dia desses passei mal, fui para o pronto socorro, fui medicada e voltei para casa”, recorda.
Samara já fez e refez diversos exames, que comprovaram o problema, sente muita dor e sempre tem crises. Alguns exames apontam que o rim direito, onde as pedras estão localizadas, já funcionam com dificuldades. “Sinto dor toda hora, tomo remédio direto, fico muita inchada, tem dias que incho muito”, lamenta.
A família já tentou fazer uma rifa para conseguir fazer o procedimento particular. Porém, as vendas não foram boas e Samara ainda não conseguiu o dinheiro. “Meus filhos estão vendo um bingo para fazer para mim, vamos ver se dá certo. Pelo SUS, estou vendo a hora morrer”, critica.
Sem previsão de atendimento
A Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) informou que a paciente não tem classificação de prioridade e segue na fila de espera. A pasta planeja, nos próximos 60 dias, fechar um contrato com o Hospital Santa Juliana para aumentar o quantitativo de atendimento desse público.
Contudo, ainda não previsão na regulação da paciente para a realização do procedimento.
A orientação repassada é que, caso ela sinta dor ou tenha sangramento, procure o pronto socorro para atendimento até que seja chamada para a cirurgia. (g1 AC)