Ausência de obra do programa “Ramal da Dignidade” isola 60 famílias de agricultores

Cerca de sessenta famílias da Estrada Transacrena, quilômetro 18, no Igarapé do Ninita, Comunidade Água Preta, são as primeiras vítimas da ausência de obras do programa Ramais da Dignidade. “Os moradores estão revoltados”, declarou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Extrativistas de Rio Branco (Sinpasa), Jozimar Ferreira, para quem os gestores do Município são “muito além de irresponsáveis”.

Ele e outros sindicalistas alertaram sobre a situação, uma vez que uma obra improvisada não iria suportar as primeiras chuvas do inverno. “A madeira da ponte, doada pelos próprios agricultores, está há meses encosta no local. Porém, eles não fizeram a obra e as consequências vieram”, explicou o sindicalista, que ainda acrescentou: “E ainda não estamos nem no começo das chuvas”.

O líder sindical também denuncia o “total desprezo” dos gestores da Seagro (Secretaria Municipal de Agropecuária). “Esse projeto de produzir para empregar é uma mentira. Esses ramais da dignidade são uma tragédia anunciada, além da falsa mecanização e a ausência de assistência técnica. Os agricultores familiares foram largados à própria sorte”, desabafa Ferreira, afirmando que até o prefeito, Sebastião Bocalom, já abandonou o seu principal projeto. “É só ver quanto desse empréstimo está destinado à agricultura”.

A reportagem falou com o responsável pelo Setor de Ramais da Seagro, o gestor conhecido por Neto. “Inicialmente pensamos que iria ser uma reforma, mas é necessário fazermos uma ponte nova. O que desabou um desvio. Uma equipe nossa já está no local”, disse ele.

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