Audiência termina sem definir se bebê deve voltar para os pais no Acre

Foto Arquivo pessoal

Após dez horas de depoimentos e esclarecimentos, a audiência sobre o caso do bebê Arthur Gael chegou ao fim às 18h desta segunda-feira (4) sem uma definição. A juíza vai analisar o processo e deve tomar uma decisão em 48 horas.

A informação foi confirmada por Gilmara Furuno, mãe do recém-nascido. Ela, o marido e pai do bebê, Leandro Roberto de Oliveira , familiares e as equipes médicas que atenderam Arthur Gael foram ouvidos na Vara da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC). A audiência começou às 8h desta segunda.

“Foi uma audiência longa, cansativa, foram ouvidos vários profissionais, eu, o pai do Arthur e vários familiares. Como houve vários depoimentos, a juíza vai analisar todo processo e disse que no prazo de 48h vai tomar uma decisão em relação ao Arthur. Isso que nos foi repassado”, resumiu Gilmara.

Por conta do sigilo da Justiça, Gilmara afirmou que não pode repassar mais detalhes do caso.

O casal foi denunciado por abandono e maus-tratos pelo Hospital Santa Juliana, em Rio Branco. A criança estava internada na unidade de saúde com baixo peso e foi levada para o Educandário Santa Margarida no último dia 17 por determinação da Justiça.

Na época, o TJ-AC disse que a decisão foi baseada nos laudos e informações médicas apresentadas pelo hospital e o Conselho Tutelar, que apontavam situação de risco em decorrência de suposto abandono, estando em quadro de desnutrição e desidratação extremo.

A denúncia foi assinada pelo diretor administrativo do Hospital Santa Juliana, que não se pronuncia sobre a situação. Os pais da criança iniciaram uma campanha nas redes sociais para recuperar a guarda do bebê.

Precipitação de avaliação

Em entrevista à Rede Amazônica Acre na última sexta (2) , o advogado que defende a família, Andersson Bomfim, explicou que a tese de defesa é de que houve precipitação de avaliação do serviço social do hospital.

“O Judiciário não está agindo de maneira letárgica ou omissiva. Tudo demanda tempo, ocorre que, por conta de precipitação lá no [hospital] Santa Juliana, na equipe, culminou com o que está acontecendo agora. Com as ferramentas que chegaram para o Judiciário, realmente, não tinha como fazer diferente’, argumentou. (G1)

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