Devido a antecipação do período de estiagem no Acre e ao início das ações para conter o problema da seca no município de Rio Branco, a Câmara Municipal de Rio Branco realizou uma audiência pública nesta segunda, 1 de julho, para debater a falta de água na capital e a revitalização do principal manancial do estado.
Segundo o representante da Defesa Civil Municipal presente na audiência, o coronel Cláudio Falcão, os planos de contingência para o combate à seca foi iniciado com antecedência, no dia 15 de junho, e será estendido até o mês de novembro, último mês de ausência de chuva previsto.
O coronel ressaltou ainda que a questão da seca está aumentando ao decorrer dos anos, e que atinge 100% da população de Rio Branco por meio da falta de água, das ondas de calor e da má qualidade do ar.
O diretor de meio ambiente da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, André Schatz, pontuou que os planejamentos de enfrentamento aos eventos climáticos extremos estão acontecendo permanentemente por meio de um comitê de crise estadual.
“Estamos realizando um monitoramento ambiental sobre os eventos da cheia e da seca do Rio, além de monitorar também a qualidade do ar e da água. Também estamos montando um plano estadual de recuperação nativa para iniciarmos formulações de políticas públicas e promover educação ambiental para ter um rio saudável”, explicou.
O presidente do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), Enock Pereira de Lima, expôs que para melhorar o serviço de água do município, e também de todo o Estado do Acre, se faz necessário maiores investimentos por meio de emendas parlamentares.
“Precisamos sensibilizar os nossos parlamentares para maiores investimentos no nosso saneamento básico. Temos um sistema antigo, que apresenta problemas de rompimento, e com o investimento que recebemos conseguimos fazer manutenção, mas não renovações”, explicou.
O representante da Saerb disse também que o órgão está preparado para estiagens semelhantes aos anos anteriores, quando o Rio Acre chegou a medição mínima de 1,25 metros, alcançado em setembro de 2022. Entretanto, caso o Rio fique ainda mais baixo, será necessário uma intervenção para realizar a drenagem da água.