Depois de enfrentar sucessivas quedas nos índices de aprovação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a recuperar terreno na opinião pública, segundo levantamento da Genial/Quaest divulgado em 15 de julho de 2025. A pesquisa indica que a popularidade de Lula avançou após medidas de impacto econômico e um discurso mais incisivo em defesa da soberania nacional.
Segundo os dados, 54% dos brasileiros agora aprovam a forma como Lula conduz o país, um salto de 4 pontos percentuais em relação ao levantamento anterior. A recuperação ocorre em meio a ações como a taxação dos super-ricos, aprovada recentemente pelo Congresso, e o posicionamento firme contra as novas tarifas comerciais impostas pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump.
Para os analistas da Quaest, o movimento de Lula de se apresentar como defensor do Brasil frente às pressões internacionais teve forte ressonância com setores da classe média e do eleitorado mais nacionalista. “Enquanto alguns sabotam o Brasil, a gente segue firme, trabalhando intensamente para proteger o que realmente importa: o futuro de todos nós brasileiros”, afirmou o presidente em declaração repercutida nas redes sociais.
A nova rodada da pesquisa também mostra melhora na avaliação do governo em áreas como combate à fome, geração de empregos e investimentos em infraestrutura. A aprovação entre jovens e eleitores do Nordeste segue majoritária, mas os dados indicam avanço nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.
Entre os fatores que pesaram a favor do presidente está a narrativa de “Brasil para os brasileiros”, reforçada por sua equipe em discursos e peças publicitárias, como o boné que Lula usou recentemente com a frase estampada: “O Brasil é dos brasileiros”.
No entanto, a pesquisa também revela que há desafios: 39% ainda desaprovam sua gestão, sobretudo entre os eleitores com maior renda e nas regiões Sul e Norte, onde há maior resistência às políticas sociais mais progressistas.
A nova guinada na popularidade reacende o debate sobre a viabilidade eleitoral do presidente para manter sua base coesa e mirar projetos de continuidade política em 2026. O Planalto, por ora, comemora os números como sinal de que o discurso de soberania e enfrentamento estratégico está surtindo efeito.