A história de Juliana Soares, brutalmente agredida dentro de um elevador em Natal (RN), comoveu o país e gerou uma grande mobilização nas redes sociais. Juliana foi espancada com mais de 60 socos pelo ex-namorado, Igor Eduardo Pereira Cabral, ex-jogador de basquete, dentro do condomínio onde morava. O crime aconteceu no sábado, 26 de julho, e foi registrado por câmeras de segurança. As imagens mostram o momento em que ela é atacada sem chance de defesa. O agressor foi preso em flagrante e vai responder por tentativa de feminicídio.
Em depoimento, Igor alegou ter tido um “surto claustrofóbico” no elevador e afirmou ser autista, tentativa de justificar a violência que chocou o país. No entanto, segundo a polícia, não há qualquer justificativa clínica apresentada que explique a brutalidade do ataque. A delegada responsável pelo caso destacou que nenhuma dessas alegações será considerada atenuante no inquérito, que também apura histórico de violência física e psicológica contra Juliana. Relatos apontam que Igor já havia cometido outras agressões e chegou a incentivar pensamentos suicidas da vítima em conversas anteriores ao crime.
Juliana permanece em recuperação e deverá passar por cirurgia para reconstrução do maxilar e outras áreas do rosto, gravemente afetadas. Sem acesso às suas contas bancárias devido ao celular quebrado, ela autorizou a amiga Danúbia Karla a organizar uma campanha solidária. A vaquinha, criada para ajudá-la nas despesas médicas, psicológicas, jurídicas e de segurança, ultrapassou a marca de R$ 28 mil em menos de uma semana, com apoio de mais de 800 doadores de várias partes do Brasil.
A iniciativa tem sido compartilhada por influenciadores, ativistas, jornalistas e cidadãos anônimos que se indignaram com a violência e decidiram agir. O link oficial para doações está disponível no site Vakinha (www.vakinha.com.br/5644597) e também é possível contribuir via Pix usando a chave 5644597@vakinha.com.br.