Com foco na bioeconomia e produtos da floresta, o Acre passa a ser visto como potência exportadora no coração da Amazônia.
À frente da ApexBrasil, Jorge Viana tem traçado um novo roteiro para o Brasil no comércio internacional: um roteiro onde a floresta, o saber popular e os produtos com alma ganham protagonismo.
A bioeconomia da Amazônia, segundo ele, não pode mais ficar de fora dos acordos comerciais e das decisões estratégicas do país. “Já foi melhor, agora piorou. E o que está fazendo falta é o Acre prosperar, o arco do desenvolvimento voltar a gerar empregos. É isso que a gente quer ver de novo”, disse durante entrevista ao Correio Online.
Com o programa Exporta+, Viana quer mostrar que exportar não é só sobre números, mas também sobre pertencimento. “O plano é levar a floresta em forma de café, de cosmético, de tecido, de design — e fazer disso uma narrativa de futuro para quem vive na Amazônia, não apenas para quem fala sobre ela de fora”, disse.
A Apex tem investido em capacitação, certificações, apoio técnico e inserção de pequenos empreendedores amazônicos nas feiras mais estratégicas do Brasil e do mundo. O objetivo é fazer do Acre uma vitrine de produtos sustentáveis com alto valor agregado, sem desmatar e sem depender da velha lógica da exploração predatória.