André Kamai cobra gestão humanitária e crítica política de exclusão das pessoas em situação de rua

Fotos: Paulo Murilo

Na sessão desta quarta-feira (16), o vereador André Kamai (PT) fez um contundente pronunciamento na Câmara Municipal de Rio Branco sobre a crise da política de assistência social no município. Em pauta, a polêmica transferência do Centro Pop — unidade que presta atendimento a pessoas em situação de rua — para a região da Baixada, proposta que tem gerado insegurança nos moradores da área e não resolve, segundo o parlamentar, a raiz do problema.

“Está grave o que está acontecendo no centro da cidade de Rio Branco, mas está muito longe de esse ser um problema das pessoas em situação de rua”, declarou Kamai em tribuna. Para ele, a crise atual é fruto direto do desmonte das políticas públicas de assistência e de um modelo de gestão que prefere esconder a pobreza a enfrentá-la com seriedade.

O vereador também criticou o deslocamento do debate para interesses econômicos ou políticos, sem o devido olhar humanitário. “Nós vamos errar se tentarmos discutir a política para a população de rua a partir dos interesses de qualquer outro setor. Precisamos olhar para essas pessoas como cidadãos, não como obstáculos.”

Kamai ainda questionou a ausência de políticas estruturantes para o comércio e a economia local: “Os comerciantes estão falindo porque não há política de desenvolvimento econômico. Enquanto isso, tentam jogar a responsabilidade para cima dos mais vulneráveis.”

Ao reforçar que Rio Branco deveria ter não apenas um, mas vários equipamentos como o Centro Pop, o vereador defendeu a ampliação dos investimentos em moradia, segurança pública e assistência. “Se queremos resolver de fato, precisamos tratar essas questões com verdade, com empatia e com compromisso. Precisamos de mais política pública e menos criminalização.”

O pronunciamento foi registrado em vídeo e está disponível nas redes sociais do parlamentar. Kamai reafirma seu compromisso com a luta por políticas públicas que respeitem a dignidade de todas as pessoas e propõe uma audiência pública para discutir o tema com moradores, especialistas, gestores e a sociedade civil organizada.

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