Foto: Whidy Melo
O Partido dos Trabalhadores no Acre oficializou no domingo, 6, uma nova configuração em sua direção política. O vereador de Rio Branco, André Kamai, foi eleito presidente estadual da sigla com 475 votos, enquanto o militante Tiago Mourão foi confirmado como presidente do diretório municipal da capital, obtendo 466 votos.
A eleição ocorreu por meio do Processo de Eleição Direta (PED) da legenda e, embora os dois nomes tenham concorrido sem adversários, a votação foi necessária para cumprir o regimento do partido, que exige o mínimo de 162 votos válidos. Em Rio Branco, 481 filiados compareceram às urnas, reforçando o engajamento da militância mesmo diante de uma eleição consensual.
Kamai, que atualmente cumpre mandato como vereador na Câmara Municipal, assume o diretório estadual em um momento estratégico para o PT, que se reorganiza no estado com vistas às eleições de 2026. “Não foi apenas uma formalidade. Foi um passo importante para reconstruirmos o diálogo com a base e fortalecermos nossa presença no Acre”, comentou, em tom conciliador.
O pleito teve início às 9h e foi concluído às 17h, com a apuração dos votos realizada logo em seguida na sede estadual do partido, localizada em Rio Branco. A movimentação reuniu figuras históricas da legenda no Acre, como o ex-governador e ex-senador Jorge Viana — que articula seu retorno ao Senado —, além dos fundadores Nilson Mourão e Júlia Feitosa. Também marcaram presença o presidente licenciado do PT no estado, Cesário Braga, e o ex-deputado estadual Daniel Zen, que vinha respondendo interinamente pela presidência.
Na votação para a presidência nacional do PT, o atual dirigente Edinho Silva foi o mais votado em Rio Branco, com 351 votos. Os resultados completos dos diretórios municipais do interior ainda não foram divulgados, o que pode ampliar a contagem final de votos recebidos por Kamai.
O novo comando partidário assume com a missão de reorganizar o PT no Acre, ampliar a articulação política e fortalecer a base para os próximos enfrentamentos eleitorais. Para Kamai, a responsabilidade vai além da gestão interna: “Nosso papel é também reconectar o partido com o povo e com as pautas que têm impacto real na vida das pessoas”.