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Em discurso inflamado, vereador André Kamai (PT), durante pronunciamento na sessão de quinta-feira, 14, destacou que denúncias de crime eleitoral e assédio moral contra o superintendente da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito de Rio Branco (RBTRANS), Clendes Vilas Boas, são graves e que a permanência do gestor no cargo “mina a credibilidade” da Prefeitura de Rio Branco.
“É a primeira vez que vejo um gestor dizer que um secretário tem autonomia para cometer crime. Isso é muito grave”, disse o vereador ao ressaltar ainda que a postura do prefeito Tião Bocalom enfraquece as investigações e intimida denunciantes, que deveriam ter segurança para falar.
Kamai revelou ter recebido novos relatos desde que o assunto veio à tona, o que, segundo ele, aumenta a pressão pela abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). E deixou um recado direto ao superintendente: se voltar à Câmara para atacar vereadores, receberá “respostas à altura”.
Um ponto sensível levantado por Kamai foi a acusação de que servidores estariam sendo obrigados a comprar produtos vendidos pelo próprio superintendente — prática que, para ele, configura abuso de poder e uso indevido do cargo. “O afastamento voluntário seria a postura mais digna”, afirmou.
Por fim, o parlamentar citou o artigo 301 do Código Eleitoral, que define como crime coagir alguém a votar ou não votar, reforçando que o áudio apresentado à Câmara contém indícios claros de coação. “Não vamos recuar. Se for preciso, vamos investigar por CPI.”