Aleac debate sobre alto índice de violência contra mulher no Acre

Foto Sérgio vale

Em audiência pública, a Aleac discutiu nesta quinta-feira, 9, sobre os elevados índices de violência contra mulher no estado do Acre e as políticas públicas realizadas para a prevenção e combate ao problema.

No debate, o Ministério Público/AC apresentou os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2023), que aponta o Acre em segundo lugar no ranking de estados mais violentos para mulheres, com uma taxa de 2,4 mortes por 100 mil habitantes.

Pautando o combate, a advogada Socorro Rodrigues de Souza, vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, falou sobre os avanços da conscientização em crianças e adolescentes do Estado:

“Quando vamos nas escolas falar sobre a violência contra a mulher, vemos avanços em relação as leis Maria da Penha e de Importunação Sexual. A gente observa que há uma curiosidade, mas também que há uma transformação sobre a prevenção e a denúncia, o combate. Isso é um grande avanço”.

A Secretaria de Estado da Mulher (Semulher), órgão estadual criado para a prevenção e o combate à violência contra as mulheres no Acre, explicou que para o enfrentamento, a secretaria vem focando em ações profissionalizantes:

“Hoje a Secretaria da Mulher faz o Impacta Mulher, que é um projeto nosso, feito através de uma emenda parlamentar que nós recebemos. Contratamos o Senac para profissionalizar mulheres em todos os municípios do nosso estado. Nós estamos alcançando 11 municípios, mais de 200 mulheres já receberam a certificação, porque nós entendemos que sem a sua renda, a mulher não consegue sair do ciclo de violência”, explicou Paloma Salles, da Semulher.

A audiência foi solicitada pelo deputado estadual Fagner Calegario (Podemos), e contou com a presença da Secretaria de Estado da Mulher, Ministério Público, OAB/AC, Polícia Militar e Conselho do Direito da Mulher.

 

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