Os contribuintes do Acre já desembolsaram mais de R$ 2,1 bilhões em impostos apenas nos quatro primeiros meses de 2025. Os dados são do Impostômetro, ferramenta mantida pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).
A projeção é que, até dezembro, a arrecadação no estado alcance R$ 6,4 bilhões — um crescimento de pouco mais de 8% em relação a 2024, quando foram recolhidos R$ 5,9 bilhões em tributos municipais, estaduais e federais.
Entre os impostos pagos pela população estão taxas sobre circulação e produção (como ICMS e ISS), além de tributos sobre renda e patrimônio (IR, IPTU e IPVA) e tarifas relacionadas ao comércio exterior.
Esses valores, em teoria, deveriam se converter em benefícios públicos, como investimentos em infraestrutura, programas sociais, salários do funcionalismo e pagamento de dívidas do setor público. No entanto, um estudo do IBPT revela que o Brasil está longe de liderar o ranking mundial de eficiência tributária: o país ocupa a 30ª posição entre as nações onde os impostos geram melhor qualidade de vida para seus cidadãos. A análise reforça uma percepção generalizada entre os brasileiros: paga-se muito, mas recebe-se pouco.
A expectativa agora é observar se, em meio à alta carga tributária, o dinheiro arrecadado no Acre e no restante do país será revertido, de fato, em melhorias visíveis para a sociedade.