Acre tem um dos piores índices de acesso ao ensino superior no Brasil, aponta IPS 2025

Foto: Internet

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Relatório do Índice de Progresso Social (IPS) mostra que a maioria dos municípios acreanos está abaixo da média nacional em oportunidades de ingresso na universidade

O Acre figura entre os estados brasileiros com maiores dificuldades no acesso ao ensino superior. Segundo o Índice de Progresso Social (IPS) 2025, divulgado recentemente, o estado apresenta desempenho crítico nesse componente, com municípios que não chegam a 30 pontos numa escala de 0 a 100. Para comparação, a média nacional é de 47,39 pontos.

Enquanto capitais de outros estados da Região Norte, como Manaus (AM) e Belém (PA), apresentam resultados modestos, mas acima de parte dos municípios do interior, o Acre se destaca negativamente: apenas Rio Branco consegue superar parte das cidades vizinhas, mas ainda não alcança a média nacional. Em Brasiléia, por exemplo, o índice é de apenas 27,14 pontos, retratando a dificuldade de jovens do interior em acessar a universidade.

Na Região Norte, os indicadores também revelam desigualdades. O Pará, com IPS geral de 53,71, e o Maranhão, com 55,96, apresentam notas semelhantes ou até superiores ao Acre (56,29), mas conseguem avanços mais consistentes em algumas capitais e polos regionais.

Já estados como Rondônia e Tocantins têm desempenho melhor no acesso à educação superior, beneficiados por maior concentração de instituições de ensino e políticas estaduais de interiorização.

O Brasil ainda caminha para democratizar a universidade

O problema não é exclusivo do Acre. Em nível nacional, o acesso ao ensino superior ainda é considerado um dos pontos mais frágeis do Índice de Progresso Social. O levantamento aponta que, em 2025, a média brasileira foi de apenas 47,39 pontos — um desempenho baixo em relação a outros componentes, como acesso à informação ou educação básica.

A desigualdade regional é acentuada: enquanto Sul e Sudeste concentram universidades públicas e privadas, com índices mais elevados, Norte e Nordeste enfrentam gargalos estruturais, como falta de instituições próximas, dificuldades de transporte, baixa renda das famílias e ausência de políticas robustas de inclusão.

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