Foto: Whidy Melo
O Acre está entre os 13 estados brasileiros que apresentam cenário preocupante para as próximas semanas em relação à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). De acordo com o último Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), há mais de 90% de chance de crescimento dos casos no estado ao longo das próximas seis semanas.
Enquanto o Centro-Sul do país mostra redução ou estabilização no número de ocorrências, a Região Norte mantém sinais de alerta, com estados como Acre, Amazonas e Rondônia no grupo que registram tendência de crescimento.
O boletim aponta que a Covid-19 segue sendo a principal causa de mortalidade pela SRAG entre idosos, mas destaca também o impacto crescente do vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças de até dois anos. Nessa faixa etária, a incidência da doença já supera os registros provocados pelo coronavírus.
Segundo o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, a aprovação da vacina da Pfizer contra o VSR para gestantes, recentemente autorizada pela Anvisa, é um avanço importante para a proteção dos bebês. “Por que nas gestantes? Justamente para proteger nossos bebês, que fazem parte do grupo no qual se observa o maior impacto de internações por conta desses vírus. Esperamos que isso possa se incorporar na nossa rotina, porque isso, sem dúvida nenhuma, pode ser um grande diferencial daqui para frente”, destacou.
Além do Acre, estão em crescimento na tendência de longo prazo: Alagoas, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia e Santa Catarina.
Nas capitais, 16 cidades apresentam indícios de alta, entre elas Rio Branco, que já vinha em oscilação nas últimas semanas.
O relatório ainda mostra que, embora os casos de SRAG por Covid-19 estejam em queda no Centro-Oeste, Sudeste e Sul, há registro de aumento por influenza A e VSR em diferentes estados, enquanto o rinovírus começa a dar sinais de redução em todo o país.