Estado soma alta de 191 % sobre 2024, enquanto país inteiro registra queda; Rio Branco concentra um terço das notificações
O Acre voltou a figurar no “pódio” da dengue em 2025. Dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, mostram que até a 15ª semana epidemiológica, o estado registrou 7.825 casos prováveis — incidência de 888,6 por 100 mil habitantes, a segunda mais alta do Brasil, atrás apenas de São Paulo (1.274/100 mil) e à frente de Paraná (679) e Goiás (639).
O Acre segue no pódio devido ao ciclo de chuvas fora do padrão – veranicos curtos alternados com chuvas intensas ampliaram criadouros domésticos, segundo o Monitor de Secas da ANA. Além disso, o sorotipo em rotação – Circulação predominante do DENV‑3, ausente havia 17 anos -, tem sido apontado como outro motivo para o número de incidência dos casos da doença.
Por fim, a urbanização desordenada também é citada. Bairros periféricos de Rio Branco somam 60 % dos focos, mas apenas 35 % receberam visita de agentes em 2024 (Sesacre).
Perfil dos pacientes:
– 53 % mulheres;
– Faixa etária líder: 20‑29 anos;
– 74 % dos casos surgem em áreas com abastecimento irregular de água (armazenamento em recipientes destampados).
Como reconhecer sinais de alarme:
– Dor abdominal intensa ou contínua;
– Vômitos persistentes;
– Sangramento de mucosas;
– Tontura ao levantar.
Procure a unidade de saúde mais próxima – atendimento prioritário para pessoas com comorbidades e gestantes.