O estado do Acre enfrenta uma crise silenciosa, mas de grandes proporções: o furto de energia elétrica. Com quase 28 mil ligações clandestinas, conhecidas popularmente como “gatos”, o Acre registra o maior índice proporcional de furtos de energia do país . Essa prática ilegal não só compromete a qualidade do fornecimento elétrico, mas também onera os consumidores que pagam suas contas regularmente.
De acordo com a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE), o Brasil perde anualmente cerca de R$ 7,7 bilhões devido a furtos de energia . Essas perdas são repassadas aos consumidores por meio de tarifas mais altas. Além do impacto financeiro, as ligações clandestinas representam riscos significativos, como incêndios e choques elétricos, colocando em perigo a vida de quem realiza e de quem convive próximo a essas instalações irregulares.
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Legislação e combate ao furto de energia
O furto de energia é tipificado no artigo 155 do Código Penal, com pena de reclusão de um a quatro anos e multa. Quando há adulteração do medidor para reduzir o consumo registrado, a conduta é enquadrada como estelionato, previsto no artigo 171, com pena de um a cinco anos de reclusão e multa .
Para combater essa prática, a Energisa tem intensificado as fiscalizações e investido em tecnologias de monitoramento. Além disso, campanhas de conscientização estão sendo realizadas para alertar a população sobre os riscos e as consequências legais do furto de energia.
A população pode colaborar no combate ao furto de energia denunciando práticas suspeitas à concessionária ou às autoridades competentes. As denúncias podem ser feitas de forma anônima, garantindo a segurança do denunciante.