Acre lidera crescimento de lares com apenas um morador; Brasil registra alta de 52% em 12 anos

Foto:  Internet

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O número de brasileiros que moram sozinhos vem crescendo de forma acelerada, e o Acre acompanha essa tendência em ritmo ainda mais intenso. Dados do IBGE mostram que, entre 2012 e 2023, o estado registrou um aumento de 86,4% no número de domicílios unipessoais, passando de 22 mil para 41 mil.

No mesmo período, o crescimento nacional foi de 52%, com a proporção de lares habitados por apenas uma pessoa saltando de 12,2% para 18,6%. Em 2024, o Brasil tinha 14,4 milhões de domicílios unipessoais, quase um em cada cinco lares.

No Acre, os dados mostram que as mulheres são protagonistas desse movimento: o número de mulheres vivendo sozinhas cresceu 114,3% em 11 anos, passando de 7 mil para 15 mil. Entre os homens, a alta foi de 66,7%, de 15 mil para 25 mil.

A faixa etária predominante é a de 30 a 59 anos, que responde por 51,8% dos lares unipessoais no estado. Entre os homens, 57,7% estão nessa faixa etária, enquanto 29,3% têm 60 anos ou mais. Já entre as mulheres, chama atenção o envelhecimento: 40,8% das que vivem sozinhas têm 60 anos ou mais, reforçando o peso do envelhecimento populacional como fator central.

Cenário nacional

Em nível nacional, a pesquisa confirma a mesma tendência. Em 2012, o Brasil tinha 61,2 milhões de endereços, dos quais 7,5 milhões eram de pessoas vivendo sozinhas. Em 2024, esse número saltou para 77,3 milhões de lares, sendo 14,4 milhões unipessoais.

O Rio de Janeiro lidera entre os estados com mais lares unipessoais (22,6%), seguido por Rio Grande do Sul (20,9%), Goiás (20,2%) e Minas Gerais (20,1%). Na outra ponta, Maranhão (13,5%), Amapá (13,6%), Amazonas (14,1%), Pará (14,6%) e Roraima (14,7%) estão abaixo da média nacional.

Mudanças nos arranjos familiares

O crescimento das residências unipessoais vem acompanhado da redução de outros modelos de arranjo familiar. As famílias nucleares, formadas por casais com ou sem filhos, caíram de 68,4% em 2012 para 65,7% em 2024. Já as famílias estendidas que incluem parentes além da configuração nuclear passaram de 17,9% para 14,5%.

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