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O novo ranking de Taxa de Frequência Líquida do Ensino Fundamental divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) expõe um retrato desigual da educação brasileira — e coloca o Acre entre os estados com pior desempenho. Com 93,6% das crianças de 6 a 14 anos frequentando o Ensino Fundamental, o estado aparece na 23ª posição do país, atrás da maioria dos vizinhos da Amazônia Legal.
Enquanto o Distrito Federal lidera o ranking nacional com 96,8%, a Região Norte concentra os índices mais baixos. O Acre está acompanhado, no fim da lista, por Amazonas (24º), Rondônia (13º), Amapá (25º) e Pará (21º). Todos aparecem abaixo da média dos estados mais bem colocados do Sul e Sudeste.
Na comparação regional, Sergipe (2º), Rio Grande do Sul (3º), Piauí (4º), Minas Gerais (5º) e Mato Grosso do Sul (6º) se destacam entre os melhores desempenhos, todos acima de 95% de frequência. Já no Norte, nenhum estado figura entre os dez primeiros — e seis aparecem do 18º lugar para baixo.
O mapa do CLP evidencia um padrão: as regiões Sul, Sudeste e parte do Nordeste mantêm índices superiores, enquanto a Amazônia urbana e rural enfrenta maior evasão, distorção idade-série e dificuldade de acesso à escola, sobretudo nas áreas interioranas e ribeirinhas.
No Acre, especialistas apontam que o desafio vai além da matrícula. A permanência escolar ainda sofre impacto de fatores como distância geográfica, vulnerabilidade social, deficiência no transporte escolar e falta de estrutura em comunidades isoladas. O indicador reforça a urgência de políticas consistentes que garantam não apenas o direito à educação, mas a presença contínua dos estudantes.
O levantamento integra o Ranking de Competitividade dos Estados 2025, com dados do IBGE, e funciona como um termômetro da capacidade dos estados em assegurar educação básica no tempo correto — etapa decisiva para reduzir desigualdades futuras.
