Acre apresenta os piores indicadores de acessibilidade, aponta IBGE

Bruna Giovanna/Secom

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Dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que o Acre apresenta desafios significativos em sua infraestrutura urbana, especialmente em aspectos relacionados à acessibilidade e mobilidade. O levantamento revelou que o Estado está entre as federações com os piores indicadores de acessibilidade.

Segundo o Censo, apenas 10,2% da população urbana reside em vias com rampas de acesso para cadeirantes, abaixo da média nacional de 15,2%. Os dados revelam ainda que somente 5,6% dos moradores vivem em ruas com calçadas acessíveis e desobstruídas, – um dos piores índices do país -. enquanto a média nacional é de 18,8%. Essa realidade compromete a mobilidade de pessoas com deficiência, idosos e demais cidadãos, evidenciando a negligência com a acessibilidade urbana.

O levantamento aponta ainda:

– Sinalização para bicicletas: somente 2,9% dos moradores do Acre residem em locais com infraestrutura mínima para ciclistas, como ciclovias ou ciclofaixas, enquanto a média nacional é de 1,9%;

– Presença de calçadas: Cerca de 72% dos moradores urbanos vivem em vias com algum tipo de calçamento, abaixo da média nacional de 84%;

– Arborização e qualidade de vida: o Censo também destaca que cerca de 58 milhões de brasileiros vivem em locais sem nenhuma árvore. Embora o dado específico para o Acre não tenha sido detalhado, a ausência de arborização urbana impacta diretamente na qualidade de vida, contribuindo para ilhas de calor e afetando o bem-estar da população.

Bairros sem iluminação pública ou pavimentação acabam se tornando ambientes propícios ao avanço do crime e à insegurança cotidiana.

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