Foto: Sérgio Vale
Estado fica à frente apenas do Maranhão e do Pará; Rio Branco é a 23ª capital entre 27 avaliadas
O Acre aparece em situação crítica no Índice de Progresso Social (IPS Brasil 2025). O estudo, que reúne 57 indicadores sociais e ambientais de fontes oficiais como IBGE, DataSUS, Inep e CadÚnico, posiciona o estado entre os piores do país, com uma pontuação de 56,29 — acima apenas de Maranhão e Pará.
O IPS é considerado uma das métricas mais completas para avaliar qualidade de vida, pois mede não apenas fatores econômicos, mas também acesso a saúde, educação, direitos, sustentabilidade ambiental e bem-estar social.
Quando o recorte é feito entre as capitais brasileiras, Rio Branco alcança 62,29 pontos, o que garante apenas o 23º lugar entre 27 cidades avaliadas. O resultado coloca a capital acreana na parte mais baixa do ranking nacional, expondo desafios estruturais que vão desde a precariedade nos serviços públicos até a falta de oportunidades que impactam diretamente a vida da população.
O que os números revelam
O levantamento evidencia que, embora o Acre tenha avançado em áreas como redução de queimadas e monitoramento ambiental em 2025, o estado segue enfrentando gargalos graves em segurança pública, mobilidade urbana, vulnerabilidade social e acesso a serviços básicos de qualidade.
A edição 2025 do IPS incorporou novos indicadores, como consumo de alimentos ultraprocessados, índice de vulnerabilidade das famílias do CadÚnico e situação de rua. Esses critérios permitiram um diagnóstico mais preciso das desigualdades sociais. Por outro lado, o indicador de trabalho infantil foi retirado nesta edição.