Eber machado diz que parte dos Kits do “Aedes do Bem” chegaram vencidos

Foto rede social

O vereador Eber Machado (MDB) denunciou na terça-feira, 11, durante sessão na Câmara Municipal de Rio Branco, que os kits de mosquitos transgênicos, adquiridos pela Secretaria Municipal de Saúde, para combate à dengue, já chegaram a Capital vencidos.

O “Aedes do Bem” consiste em caixas contendo ovos de mosquitos da dengue geneticamente modificados, projetados para produzir apenas mosquitos machos, que supostamente ajudam no controle da população do mosquito transmissor.

“Temos informações que parte desses kits comprados pela Prefeitura de Rio Branco, através da Secretaria Municipal de Saúde, já chegaram a nossa cidade vencidos. Como que pode efetuar a compra de produto vencido, isso é inadmissível”, disso o vereador ao destacar ainda que os kits que chegaram dentro do prazo de validade não estão mais aptos para uso.

“Os kits chegaram aqui em dez de julho de 2024 e sua durabilidade é de 90 dias. Na embalagem do kit tem a recomendação de que ao chegar no destino a aplicabilidade tem que ser imediata. Se a compra foi feita há oito meses atrás, é fato que esses ovos já estão vencidos. Jogaram dinheiro do contribuinte no lixo”, frisou Eber.

Machado ainda ironizou a equipe de licitação da Secretaria Municipal de Saúde. Segundo ele, os profissionais deveriam ter seus nomes registrado no Guinness World Records, tendo em vista a celeridade do processo de compra. “A equipe da Saúde fizeram todo o processo de licitação em apenas 38 dias, incluindo o pagamento de um produto que chegou em parte vencido”.

O vereador questionou ainda o preço pago pelos kits. Ele ressaltou que encontrou uma empresa vendendo por R$ 199, porém, a aquisição aconteceu em outra empresa que vendia por R$ 280 reais.

“A história não bate. Primeiro, disseram que a aquisição ocorreu nessa determinada empresa, pois, era a única habilitada para a venda. Porém, eu fui pesquisar e identifiquei outras três empresas com o credenciamento necessário para efetuar a venda”, frisou.

Disse mais: “inclusive, entrei em contato com uma delas e efetuei a compra de um kit. Estou aqui em mãos com a nota fiscal para provar não apenas que existia mais de uma empresa apta para a venda, como também tinha um preço mais barato do que a empresa que a prefeitura adquiriu o kit”.

Por fim, o parlamentar ressaltou que falta apenas duas assinaturas para que a Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) seja instalada na Câmara Municipal a fim de investigar a compra do “Aedes do Bem”

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